Assim como nos seres humanos, animais de estimação também correm risco de desenvolver algum tipo de câncer ou neoplasias.
Jonatan Santana
Queda de pelos, fragilidade óssea, abcesso na mandíbula. Cuidado, seu animal pode estar com câncer.
Neoplasias são bastante comuns em animais domésticos, como cães e gatos. Uma recente pesquisa estima que quase metade desses animais com mais de 10 anos poderão morrer em decorrência de algum tumor. E por essa razão, a busca pelo tratamento de animais de estimação com algum tipo de câncer tem crescido consideravelmente. Esses dados fazem parte de um estudo da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade de São Paulo.
Neoplasias são bastante comuns em animais domésticos, como cães e gatos. Uma recente pesquisa estima que quase metade desses animais com mais de 10 anos poderão morrer em decorrência de algum tumor. E por essa razão, a busca pelo tratamento de animais de estimação com algum tipo de câncer tem crescido consideravelmente. Esses dados fazem parte de um estudo da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade de São Paulo.
Com 8 anos de experiência, o veterinário Thiago Rêgo Guerreiro, especialista em animais de pequeno porte, explica que o sintoma de um câncer animal varia de acordo com o tipo de tumor e do órgão afetado. “No caso do osteossarcoma (tumor ósseo), por exemplo, a fratura de um osso pode estar relacionada a um tumor, capaz de destruir a estrutura óssea do bicho. Além deste, o linfoma (tumor nos gânglios), também enquadra a lista de principais causas de morte dos pets” explicou o doutor.
Segundo o especialista, inchaços anormais, feridas que não cicatrizam, hemorragias em algum orifício corporal, forte odor, dificuldade para engolir os alimentos, anemia, cansaço, dificuldade de locomoção e para respirar, defecar e urinar, também podem ser indícios de um possível tumor. Entretanto, algumas vezes, o câncer animal, apresenta-se apenas com perda de peso, antes dos sinais mais graves. Por isso, é preciso atenção a qualquer mudança de comportamento do bicho.
Ainda de acordo com o veterinário “O diagnóstico de um câncer é bastante simples, e pode ser feito de diversas maneiras; através da retirada e análise da massa tumoral (biópsia), exames de raios-X, ultrassonografia e exames de sangue. É praticamente indolor. Quanto mais antes detectado, maior a chance de cura”.
Tratamento
A depender do tipo de tumor, e do seu estágio de desenvolvimento, o tratamento pode ser cirúrgico ou por meio de medicamentos.
A quimioterapia é utilizada em animais, para determinados tipos de câncer, contudo essas drogas, além de matar as células tumorais, comprimem a medula óssea, ocasionando efeitos indesejáveis, como anemia e a vulnerabilidade do sistema de defesa do organismo. A radioterapia quase não é usada nesses casos.
Certas raças são mais acometidas, independente do sexo. Na maioria das vezes, animais idosos estão mais sujeitos à doença.
Um dado triste é que, em pleno século XXI, ainda não se conhece medidas que previnam o câncer em humanos. E, consequentemente, em animais. O diagnóstico precoce é a única maneira de combater a doença, permitindo o aumento na expectativa de vida do animal, e, em alguns poucos casos, a cura.